BASEADO EM FATOS REAIS: quando as histórias se inspiram na realidade
Eu mesma adoro “costurar” algum acontecimento histórico com as minhas histórias de ficção e não é mera coincidência que os meus três livros tenham figuras ilustres da história da humanidade envolvidos em situações e personagens que eu criei.
Em meus livros “A senhora do parque” e “Além do tempo”, as histórias, apesar de complementares, não fogem a essa regra. Ambas são baseadas em um acontecimento de 1907: a Fantástica Corrida Automobilística Pequim-Paris – um feito para a época e considerada a primeiro rally de automóveis.
Na época, a ideia era muito mais louca do que hoje. Atravessar a Ásia pela Mongólia é uma loucura, mas foi por aí que seguiu a corrida de 1907. Sem estradas, os concorrentes tiveram de descobrir o seu próprio caminho, e muitas vezes tiveram de recorrer à ajuda dos nômades para conseguirem progredir, já que os veículos não tinham força para seguir em frente, quer pela ausência de caminhos, quer devido à lama ou em virtude de subidas acentuadas. E alguns de meus personagens participaram da corrida, em uma singela licença poética da realidade.
Outro fato inspirado na realidade vem de nossa própria história, com uma releitura da história de Maria Quitéria, que foi uma heroína da guerra pela independência do Brasil. Vestida de soldado alistou-se no batalhão de “Voluntários do Príncipe Dom Pedro” e participou das lutas, na Bahia, ao lado dos patriotas. Foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. Ninguém acreditava que aquele soldado entregue à luta, arriscando diariamente a vida fosse uma moça.
Voltando às histórias de “A senhora do parque” e “Além do tempo”, em uma sociedade machista do início do século XX (período que aconteceu a corrida), o feito de Maria Quitéria, de alcançar os seus objetivos mesmo se passando por um homem, serviu de grande inspiração para a composição da personagem Geraldine Stewart, que utilizou-se do mesmo estratagema em uma tentativa de salvar a sua família da falência.
Já em meu livro “Quem você deixou de ser quando cresceu”, a aviadora pioneira Amélia Earhart tem uma participação especial.
Amelia Earhart e seu aviãoAmelia Earhart foi aviadora considerada uma das pioneiras do empoderamento feminino, foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o Atlântico. Durante uma viagem em 1937, a pilota e seu navegador, Fred Noonan, desapareceram sem deixar rastros. Os dois e o avião sumiram quando sobrevoavam o oceano Pacífico a caminho da ilha Howland.
Amélia sumiu, mas seus feitos ficaram para a história. E sua participação na história “Quem você deixou de ser quando cresceu” só vem confirmar o grande dilema: será que o futuro pode ser mudado até mesmo em um paradoxo da realidade?
Além de Amélia, participam da história os artistas Leonardo da Vinci, Claude Monet e Picasso em uma discussão calorosa da importância da cor em suas obras, lembrando que cada artista pertenceu a um período artístico diferente, mas não menos importante para a História da Arte.
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